Muita coisa mudou
A relação entre homens e mulheres
mudou tanto nos últimos anos que estamos precisando usar legenda.
Nós mulheres deixamos
a muito tempo de sonhar com o príncipe no cavalo branco que vem salvar a
mocinha. Ora, não precisamos de salvamento e também não somos “mocinha” – vista
aqui numa conotação de mulher totalmente frágil, indefesa, sem poder de
decisão. Queremos sim, o beijo na boca e um amor correspondido, mas onde há
amor a respeito, admiração mútua, um olhar entre iguais e não entre um ser
superior (o homem) e um ser inferior (a mulher). Então, por favor, não
confundam romantismo com se deixar subjugar.
Fomos
conquistando nosso espaço numa sociedade machista, percebendo e afirmando nosso
valor, nossa capacidade. Passamos a transitar onde antes dominava a
testosterona em alto grau.
Mas
após um século inteiro
de transformações para chegar ao ponto em que homens e mulheres podem dividir
as decisões sobre a mesa
e serem amigos, faltou avisar os hormônios. É namoro ou amizade? O que vai ser?
Há quem diga que nesse jogo dos
sexos, se não pegou, está pegando, ou vai pegar.
A verdade é que na era da
globalização criou-se um vocabulário próprio, e a cada dia surge uma nova
linguagem para tentar traduzir as várias formas de se relacionar. Ficante,
ficante fixo (rolo), namoro, namorido, amizade colorida...
E não foi só aí que muita coisa
mudou! O pó de arroz virou pó-compacto, o rouge virou blush, o brilho virou
gloss, o rímel virou máscara para os cílios.
Enfim, outros tempos, outro make up.